quarta-feira, 31 de março de 2010

Sem liberdade, não há informação!

Saiu hoje no boletim da Fenaj n° 257:

FENAJ apresenta relatório sobre agressões contra jornalistas registradas em 2009

A Comissão Nacional de Direitos Humanos e Liberdade de Imprensa da FENAJ lançou no dia 27 de março, na reunião do Conselho de Representantes da entidade, o “Relatório de Violência e Liberdade de Imprensa – 2009”. Assim como em 2007 e 2008, a maioria dos casos de violência contra os jornalistas é cometida por agentes do estado ou a mando deles. O estudo registrou 58 agressões aos jornalistas e a sociedade brasileira. A FENAJ encaminhará o documento às autoridades com pedido de providências para combater a violência contra Jornalistas.

Leia a matéria na íntegra
Fonte:
http://www.fenaj.org.br/

domingo, 28 de março de 2010

O que há por trás de um morador de rua?

Perdi os ônibus de Serra Azul, no horário das 7:30. Resolvi ganhar um pouco de tempo e ler um livro. Isso é, se um fato curioso e praticamente fora do comum não estivesse acontecendo a alguns metros de distância. Com a cabeça baixa e olhos fixos no livro, ouvia um senhor sentado ao meu lado dizendo impressionado, “Ai, ai, Meu Deus, olha que louco, agora o carro pega!” Olhei para o lado e avistei um mendigo se jogando sobre os carros na Avenida Francisco Junqueira. Uns paravam, buzinavam, mas ele não estava nem ai para nada. O que dava para observar é que provavelmente ele estava querendo ser atropelado, se suicidar. Nenhum motorista estava a fim de levar a culpa, ou de se submeter em algum processo por ter matado uma pessoa, mesmo que esta tenha livremente se jogado para cima do carro. O mendigo petulante, jogava sacos de lixo sobre os carros, como em uma vingança por ninguém o tirar daquela vida ordinária. Parecia não se convencer, já do outro lado da avenida, tentou novamente. Dessa vez foi para cima de um ônibus e todos olhavam sentindo o choque de a qualquer momento um desastre acontecer. O ônibus conseguiu frear, assim como os carros, mas ele não desistia. Eu, com medo de que um acidente acontecesse, tentei ligar para a polícia, mas naquele mesmo instante, apareceu uma viatura. Os policiais desceram do carro e foram conversar com o mendigo. Ele ia se afastando de um dos policiais, mas não parecia estar com medo, parou na esquina, enquanto outro policial pegava informações com o moço de um estabelecimento que parecia estar nervoso com o mendigo que passava toda hora na frente de sua loja, entrava e saia e se jogava no trânsito. O mendigo por vez foi subindo a esquina e não voltou. Os policias simplesmente não fizeram nada, afinal, o que poderiam fazer? Deu meia volta e a paz voltou a se estabelecer. Uma senhora começou a me falar sobre ele e disse que até o tinha dado dinheiro um dia. Mas fica a pergunta o que leva uma pessoa a ficar dessa forma? A se afastar do mundo e de uma sociedade?
Um dia escutei um relato de uma mulher que ao reconhecer um mendigo na rua, disse que já tinha trabalhado para aquele homem, hoje, sujo, com uma capanga do lado e roupas rasgadas. Estava convicta que era realmente ele. Ela já o tinha visto algumas vezes na cidade, mas fez essa mesma pergunta que eu acabara de fazer. Por que ele resolveu viver dessa forma? Contou-me que ele era um empresário, morava com os pais na zona sul da cidade e por alguma desilusão na vida ele ficou desta forma, passando a viver daquele jeito. Outro morador de rua em que me falou foi de um homem que saiu para viajar com a família e na volta bateu o carro, e toda a família, esposa e filhos morreram na hora, só ele escapara. Ele ficou completamente atordoado. Passou a viver nas ruas e vive assim até hoje. “A vida às vezes nos coloca em situações que nos deixa inerte, totalmente paralisado sobre nossa própria vivência e existência.”

quarta-feira, 24 de março de 2010

Ribeirão em Greve

A greve dos servidores de Ribeirão preto acorreu em um momento crucial, em que a maioria das pessoas precisa de um atendimento médico por causa do alto índice de dengue na cidade. Mas como sempre, quem paga por isso é a população que sofre com a falta desses profissionais. Isso só tende a trazer mais problemas para o cidadão, a grande maioria não possui convênio medico e necessita dos postos de saúde. Nossa educação também já não é uma das melhores, e um dia sem estudo, trás sérios prejuízos para quem se encontra em época de vestibular. Os atendimentos em departamentos públicos contam com a demora e falta de agilidade, causados na maioria das vezes por sobrecargas. E o que fazer para resolver tal situação? Primeiramente não podemos deixar como está. Mais um dia e as coisas vão se agravando. Dizem que nada como um bom diálogo para resolver a situação. Será? Estamos esperando!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Doce lembrança!

Hoje olhando algumas fotos em arquivos antigos, fui vivendo bons momentos e refletindo sobre o passado. Até que, por alguns minutos fiquei contemplando uma em especial. Era do meu avô, aos seus noventa e seis anos ainda continua a mesma pessoa carismática a qual sempre lembrei. Vivi pouquíssimo tempo ao seu lado, ou melhor, poucos momentos. Momentos estes, que te faz lembrar como é difícil viver ausente e a quilômetros de distancia de uma pessoa que você ama. Seus cabelos brancos e óculos no rosto transformando-o em um aspecto harmônico transmitem felicidade e muita experiência de vida. Mesmo em sua tenra idade lia com freqüência e cavalgava. Agora essa fotografia me fez recordar de como ele estaria hoje. Deixou de ler, pois suas vistas cansadas não enxergam muito bem, escutam apenas aos sons alto que falamos perto de seus tímpanos e cavalgar...? Ah! Foi a primeira pessoa que me ensinou a como montar em um cavalo. Não aprendi até hoje. Mas por sua preocupação de que uma menina boba da cidade pudesse cair a qualquer momento, me deixou ficar apenas alguns minutos para matar a vontade e curiosidade. Se pudesse nesse exato momento dizer que o amo e que ele é o espelho de minha vida, dormiria agora em paz. Não sei o que me fez escrever sobre ele essa noite, mas minha vontade foi maior do que simplesmente falar sobre as eleições ou algo da mesma família. Finalizo com essa simples crônica e todo o amor que o guardo em meu coração!

quinta-feira, 18 de março de 2010

A educação no país

A greve dos professores para o reajuste salarial de 34,3% é mais uma das séries de conseqüências que nosso ensino vem enfrentando. Uma professora especialista em psicologia da Educação, diz que, 50% do que o jovem se tornará amanhã depende da educação que é estabelecida nas escolas, sendo os outros restantes dos pais ou familiares. Isso mostra que a escola e principalmente professores, têm grande responsabilidade pelo que o individuo se tornará amanhã. A baixa remuneração e o excesso de trabalho tende a contribuir para a má formação dos estudantes brasileiros. O governo do Estado de São Paulo mostra na propaganda televisiva que a proposta de ensino atual seria de melhores salários e até dois professores por sala de aula, um que possa ensinar, e outro que ajude nas duvidas e resoluções das atividades escolares. Porém não é exatamente isso que vemos atualmente, ou melhor, não é nada disso. A escassa educação no país está totalmente relacionada à violência que vivenciamos lá fora ou mesmo dentro de casa, a maioria delas cometidas por jovens despreparados, que por não terem espaço a uma educação consistente, base de convivência social, familiar e a cidadania, acabam entrando para o desânimo e pessimismo. Implantar melhores sistemas para que nosso ensino possa melhorar e estabelecer uma boa educação no país é dever do Estado, cabe a ele executá-lo, mas se não houver cobrança pouco se faz. Afinal é mais importante para o governo que conheçamos mais nossos deveres do que nossos direitos!

Assista o vídeo da propaganda do governo do Estado de São Paulo:
http://www.youtube.com/watch?v=5GkOAojuV5Q

sexta-feira, 12 de março de 2010

Vida moderna, gorduras também!


Acabei de chegar, sentei e resolvi escrever um texto, afinal o que não me falta é questionamentos e curiosidades. É isso, estou no shopping. Já que cheguei atrasada 15 minutinhos no curso de habilitação e não entrei por causa do novo sistema digital estabelecido pelo CONTRAN, resolvi vir até o shopping, passar na livraria e na verdade fugir um pouco do calor infernal dessa cidade. É claro que estou no MC Donalds, mas não pretendo saborear nenhuma espécie de gordura empacotada. Não agora, preciso vê se vale à pena. Olhando em minha frente vejo alguns adolescentes falando sobre musicas, enquanto um grupo de meninos de apenas uns 12 anos joga alguma coisa. Não faço idéia de que jogo seja, mas são cartas. Preste bem atenção: Esses são magros. Não estam comendo nada que possa comprometer sua saúde ou seu peso. De todos adolescentes que vejo por aqui, considero que apenas esse grupo tem peso adequado. A maioria a minha volta pode-se considerar pessoas acima do peso. Não sou fissurada em padrões estéticos, considero isso hoje, banal, deprimente, que estimula as pessoas a morrerem em uma sala cirúrgica ou ter sérias conseqüências. Nossa qualidade de vida devia está acima de quaisquer valores e vontades, tanto de um fest food, quanto de uma lipoaspiração. Mas afinal, o gosto é agradável, não para a saúde, infelizmente, mas quem não vive sem umas gordurinhas empacotada dessas?

quinta-feira, 4 de março de 2010

Dica Cultural

A Maldição do Vale Negro
A peça, a Maldição do Vale Negro, de Caio Abreu, dirigida por Gracyela Gitirana será apresentada no teatro Pedro II no dia 11 de março as 21h. O espetáculo foi qualificado para o festival de Curitiba, que está em sua 19ª edição, é referência e faz parte do cenário cultural brasileiro. Firmou-se como uma vitrine e um espaço plural que em um único evento apresenta atividades artísticas variadas por toda a cidade, para plateia formada por pessoas de todo o Brasil.

A montagem “A maldição do vale Negro” é feita com bonecos híbridos onde os títeres são colados ao corpo do autor. A comedia ganha uma rica elegância e gracejo, resultado depois de várias pesquisas sobre os diferentes tipo de comédia ocidental. A peça é uma requintada paródia do melodrama clássico que ocorre na primavera de 1834, na província de Castelfranc - na França, no castelo dos Belmont, que se ergue imponente no alto do Vale Negro. Agatha, a velha e corcunda governanta, prepara a bebida medicinal do último descendente da nobre linhagem, o conde Maurício, que, doente e envergado pelos anos, cochila em seu aposento. Com o frescor e a inocência de costume, Rosalinda, uma pobre órfã acolhida na tenra infância pela generosidade do conde, hoje com 17 anos, volta de seu habitual passeio pelo bosque trazendo flores e frutos silvestres. Quando, de repente, a cascata que corre no Vale interrompe seu fluxo de paz e ouvem-se ao longe um alvoroço medonho e inumano, pressagiando que algo terrível está para acontecer. É a maldição do Vale Negro. Como nem tudo e nem todos são o que parecem ser, até que a paz volte a reinar na mansão dos Belmont, muitas reviravoltas acontecerão no decorrer da história até seu desfecho.

O elenco é formado por atores profissionais que após cursarem as oficinas de teatro do projeto Ribeirão Em Cena foram aprovados nos exames de profissionalização do Sindicato dos Artistas do Estado de São Paulo. São eles: Camila Deleigo,Rodrigo de Oliveira, Joubert Oliveira,Gabriel Oliveira, Aidê Quirino,Rafael Felix,Gracyela Gitirana e Stella Provinzano.