terça-feira, 22 de junho de 2010

Qual o destino de nossa juventude?

A voracidade com que chega as informações e tecnologias para a massa juvenil, muitas das vezes, ao invés de orientá-los para questões étnico-sociais embala-os em uma falta de percepção. É notável o desinteresse dos jovens para as questões políticas, cultural ou simplesmente humanas. As relações do seres humanos estão cada vez mais se dissecando. Não enxergamos mais as pessoas como seres humanos, mas como concorrentes e adversários. O capitalismo desenfreado deixa essa cegueira como “recompensa”, já que não encontro outro tipo de conceito. Para alguns é bom viver no conformismo. Mas não é por opção que nossos jovens permanecem assim. E só de pensar que serão esses os nossos futuros políticos, governantes, médicos e jornalistas de amanhã.
Nunca aprendemos tanto. Nunca obtivemos tanto conhecimento. O avanço da tecnologia nos possibilita isso. Porem será que são credíveis? Ou melhor, será que em face de tanta facilidade e acumulo de informações, não passamos a ser impossibilitados de exercer nosso pensamento critico? Somos escravo do capital, assim como somos escravos da tecnologia. É claro que isso foi um grande avanço para o ser humano, olhando pelo lado positivo da coisa. Mas a questão é: só olhamos o lado positivo. É preciso como tudo na vida, estabelecer parâmetros e colocar tudo na balança.
É um ato admirável o que pessoas hoje com seus 60 anos ou mais nos contam como fora difícil suas lutas e o que tiveram que passar pela a busca de seus ideais, tendo que enfrentar toda uma ditadura.
No que lutamos hoje? Antes o jovem saia às ruas e tinha uma base critica, pintava a cara e ia à luta. Hoje ele assiste a tudo na TV como simples telespectador. Como se aquele mundo não fizesse parte do seu. A partir daí a alienação e estagnação foi se contaminando. O que fizeram como nossa educação?
“Antes de se colocar em prática é preciso aprender”. Como podemos colocar em pratica nosso lado democrático e humano se nem ao menos aprendemos o que é isso?
Todos esperam por uma sociedade que possa pensar. E não na que até seu pensamento já venha pronto, transportado e embalado ou simplesmente enviado por uma caixa de correio eletrônico, hoje semelhante ao nosso cérebro.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A arte de fazer teatro

Hoje cheguei um pouco mais cedo e entrei para assistir o ensaio de teatro no Ribeirão em Cena. Era aula da Prof. Gracyela Gitirana. Entrei em um estado de total reflexão ao vê-la dando um laboratório. Comecei a ver-me no palco e conforme dizia para olhar para um caminho, via-me naquele caminho de pensamentos. Era para voltar ao passado e voltei, revendo –me ali como antes. Foi uma situação agradável até que pediu para que chegasse a infância. Em meu pensamento desenhava tudo ao mesmo tempo e pensava em como é inexplicável a arte de se fazer teatro. Mas sei dizer que nos dá um enorme prazer, principalmente para quem é despertado para esse mundo. A arte de transformar e transmitir pensamentos e sentimentos está além da razão. E o teatro faz isso.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Segunda à noite

Frio, cansaço, solidão, dor, imaginação...
Ainda tenho que aturar a intromissão?
- Toma meu cartão para a ajudar na divulgação!
Aceitei. Porém não seria melhor se houvesse dito:
- Não quer um moto táxi? Quase mencionei:
- Não aceita cartão?
Mais teimosia:
Esse pedaço a essa hora é perigoso, hein?
Mas só estava tentando ganhar seu pão!
Desistiu, afinal não dei a menor menção de que fosse necessitar
de seus serviços.
Foi embora sem qualquer ação.
O ônibus chegou! Pelo ao menos me presou de uma distração!

terça-feira, 8 de junho de 2010

“A qualidade dos programas da TV brasileira”

Os programas de televisão trazem grandes impactos sociais, cotidianos, além de informações e entretenimento. A televisão brasileira tem ganhado expansão ao longo do tempo, desde 1950 com a TV Tupi em São Paulo, uma das pioneiras. Desde então a televisão passou a fazer parte de todos os lares brasileiros e, isso só tem crescido constantemente. Ocorrem várias criticas sobre a qualidade de seus programas, principalmente nos dias atuais, onde a disputa das emissoras é mais acirrada.

A programação televisiva tem grande responsabilidade social sobre o conteúdo que é exposto, chegando até a induzir o público, comprometendo o comportamento das pessoas. Preocupados com o conteúdo da televisão, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, em parceria com sociedade civil, criou a campanha “Quem financia baixaria é contra a cidadania”. Essa campanha propõe a todos os cidadãos, uma melhor qualidade de programação na televisão. Apoiada pela própria população, que deverá denunciar através do site: www.eticanatv.org.br. O objetivo da campanha é um maior comprometimento da televisão com a ética, direito a cultura, educação, dignidade e respeito.

Programas com baixa qualidade trazem por conseqüência a falta de desenvolvimento humano, lembrando que muitos do que tem acesso a televisão, não tem um conceito formado em relação ao que está explicito, muitas vezes chegando a acreditar em conteúdos impróprios de credibilidade. Destinado a aumentar sua audiência, os programas ficaram mais apelativos. Entre os mais denunciados pela a campanha, foram os programas: “Pegadinhas Picantes”, em primeiro lugar, exibido no SBT, pelo motivo de banalização da nudez, da sexualidade e por mostrar a mulher como objeto sexual, elevando seu nível de erotismo ao invés de humorístico. A sexualidade deve sim ser exposta, mas de uma forma educativa e discutida com maturidade. Com base nos mesmos requisitos, o programa Pânico na TV, da rede TV, foi o segundo mais denunciado por incentivar violência através de brincadeiras violentas e perigosas. Ultimamente o Pânico na TV estava sendo censurado pelo Ministério da Justiça por causa de seu horário de exibição.

Essa praxe de ligarmos a televisão e presenciarmos ao apelo excessivo e sensacionalismo em vários programas da Televisão Brasileira, assim como os programas da “Márcia” e “Ratinho” é constante. Faltam boas programações públicas, incentivo a educação, qualidade e diversidade. Já a série humorística da TV Globo, “A grande Família” tem ganhado pontuações e um público fiel, isso mostra que o telespectador não gosta apenas de baixaria. Esse seria um bom atalho para os anunciantes e produtores começarem a por em prática os princípios constitucionais e a legislação em vigor que protegem os direitos humanos e a cidadania, atualmente desrespeitados.

A televisão como uma ferramenta usada para o bom desenvolvimento social, certamente nos leva a evolução e progresso, mas também causa todo um retardamento, quando usada de forma contrária. Poderosa e persuasiva, um dos meios de comunicação de massa, ela tem grande importância no dia a dia da família e do cidadão, e necessariamente esses precisam de um conteúdo com mais qualidade!







terça-feira, 1 de junho de 2010

Discodância

Li no jornal A Cidade, uma nota em que diz respeito ao aumento de verba que a Prefeitura de Ribeirão preto destinou a Parada Gay. A verba é no valor de 15 mil, sendo que no ano passado foram 6 mil. O que me deixa totalmente indignada com tal destinamento. Nada contra essas manifestações, até acho importante estabelecermos o respeito para com essas pessoas. Porém, contamos atualmente com uma defasagem na área cultural, que é pouco ou quase nada financiado pelo governo. Como pode a capital da cultura destinar um valor desse a um movimento Gay e fechar os olhos para os movimentos culturais? Realmente, o que é de grande importância para o convívio social, passa a ser excluído, deixado de lado. A partir do momento em que as pessoas passarem a ser educados respeitando o outro, a se sociabilizar e se posicionar de forma humanista, nem precisaria haver movimentos assim. A cultura tem peso, pois com ela passamos a observar nossos atos, respeitar o outro, além de transformar a sociedade.