domingo, 31 de outubro de 2010

O Voto

Para falar de política no Brasil, temos que levar em conta uma variedade de questões, como grau de instrução, interesses pessoais e partidários, e o desenvolvimento em que o país se encontra. A população em 89 conquistou seu direito: o voto. E o que se faz com ele, hoje em dia? Muitos nem sabem o poder que tem em mãos, o direito de colocar quem queremos que nos represente no poder já é um grande avanço, mesmo que não responda plenamente as nossas expectativas. Afinal, ninguém responderá devido a diferenças de opiniões. Não honramos o sangue que inocentes derramaram, as lutas pelas diretas já e a evolução da sociedade nestes 21 anos de conquistas. Passamos a enxergar o voto com impugnação e obrigação, mas não como direito. Se caso fosse facultativo, nossa sociedade jamais colocaria um operário no poder. Jogaríamos todo o nosso ouro nas mãos dos poderosos como no começo da descoberta do Brasil, em que Portugal nos explorava de maneira abusiva, além de decepcionarmos todas as almas em que lutaram por um mundo mais justo!

domingo, 17 de outubro de 2010

Veja na íntegra a entrevista com a bailarina Sheila, ex aluna de Mônica Serra, publicado no site Terra

Bruna Carolina Carvalho
Direto de São Paulo

A bailarina Sheila Canevacci Ribeiro, ex-aluna de Monica Serra - esposa de José Serra (PSDB) - na Universidade de Campinas (Unicamp), e responsável por tornar público no Facebook que Monica teria feito um aborto na época da ditadura militar, afirmou em entrevista ao Terra por telefone que se sente "muito assediada" e não esperava que seu post fosse gerar repercussão.


O jornal Folha de S.Paulo publicou, neste sábado (16), reportagem intitulada "Monica Serra contou ter feito aborto, diz ex-aluna", assinada pela colunista Monica Bergamo. Um dia depois do debate da TV Bandeirantes, na última segunda-feira (11), Sheila postou em seu perfil no Facebook um texto que escreveu para "deixar minha indignação pelo posicionamento escorregadio de José Serra" em relação ao tema aborto. Sheila também deu entrevista ao Correio do Brasil, divulgada na última quarta (13).


Durante a entrevista, Sheila contou que se considera "uma pessoa muito frágil". Mas, ao assistir ao debate e ouvir a candidata à presidência do PT, Dilma Rousseff, dizer que Monica havia "falado que ela, Dilma, era comedora de criancinhas e o Serra ter ficado calado, não ter falado nada, zero, me indignei". Para a bailarina, a sensação foi de "inquietude" e, por isso, escreveu uma reflexão no site de relacionamento pessoal.


Perguntada pela reportagem do Terra se era filiada a algum partido político, a ex-aluna de Monica explicou: "não sou. Não gosto de política partidária. Gosto de política cidadã, que foi exatamente essa que eu fiz". A bailarina, que pretende votar na petista no segundo turno das eleições, disse também não temer por represálias. "Estou recebendo mais ou menos cinco mil mensagens de apoio para 50 de retaliação. Estranhamente, meus amigos me falam: 'ah não liga'. Mas, para mim, as cinco mil mensagens e as 50 contam".


Sheila não soube informar se o tucano paulista teve algum envolvimento na decisão do aborto na época. "Eu não sei de nada disso e nem se soubesse eu ia querer falar. Eu não estou fazendo uma apuração, nem buscando provas e nem denunciando nada", contou.

Leia abaixo a entrevista:


Terra: Em qual ambiente se deu esse relato sobre o aborto de Monica Serra? Vocês estavam em aula?
Sheila: Estou sendo muito assediada, não esperava. Mas confirmo tudo o que foi dito no Correio do Brasil e na Folha de S. Paulo.

Terra: Como era a relação de Monica com as alunas?
Sheila: Ótima relação. Uma relação de professor, quando é bom, é uma relação que transpassa a própria humanidade. A universidade tem essa função, falar sobre as coisas. Você fala sobre aborto, ditadura, sorvete, gatinhos, tudo. Não foi uma coisa confessional. Acabou surgindo... tem um monte de gente me atacando falando que eu expus a Monica Serra. Se você reler, vai ver que eu sou muito preocupada com a intimidade das pessoas. Não é que uma pessoa presidenciável não pode fazer o aborto. Do meu ponto de vista, não tem problema algum.

Terra: Foi uma confissão? Ela contou como se sentia em relação a esse assunto?
Sheila: Eu acho que ela escorregou numa coisa meio terapêutica. É muito importante deixar claro que o contexto era de ditadura militar. Era o assunto do exílio, da ditadura militar e o aborto dentro disso. Quando eu escrevi meu relato eu estava indignada por causa do debate da TV Bandeirantes. Como eu sou canadense, eu acho normal discutir as coisas. E meu próprio lado brasileiro ficou assustado. Eu não quero ser a garota que denunciou a Monica Serra. Eu sou a garota que está preocupada com a cidadania e com a saúde pública.

Terra: Você sabe se o marido dela, José Serra, teve algum envolvimento nessa decisão de abortar? Ele sabia?
Sheila: Eu não sei de nada disso e nem se soubesse eu ia querer falar. Eu não estou fazendo uma apuração, nem buscando provas e nem denunciando nada. Eu não sei, e mesmo se soubesse, não gosto de entrar nesse assunto. O que é problema meu é minha cidadania.

Terra: Você esperava essa repercussão?
Sheila: Zero. Não esperava e nem entendi. Me chocou porque eu não estava acompanhando as coisas do segundo turno, nem sei o que aconteceu. Depois do primeiro turno eu decidi que não queria acompanhar nada. Porque eu já tinha decidido que ia votar na Dilma. Mas mais do que por isso eu não gosto de baixaria, não gosto de violência. Quando eu assisti ao debate eu estava praticamente vazia de informação. Então, quando eu vi a Dilma falando que a Mônica Serra tinha falado que ela era comedora de criancinhas e o Serra ter ficado calado, não ter falado nada, zero, me indignei. Ficou aquela inquietude. Eu escrevi uma reflexão. Eu e meu marido, que é antropólogo, sempre escrevemos reflexões e colocamos no Facebook.

Terra: Você reafirma que não é filiada a nenhum partido?
Sheila: Não sou. Não gosto de política partidária. Gosto de política cidadã que foi exatamente essa que eu fiz.

Terra: Você disse à Folha de S. Paulo que votaria em Dilma Rousseff no segundo turno. Quais são os motivos da sua objeção por José Serra?
Sheila: Para mim, é inimaginável votar no Serra. Ele representa para mim o pior retrocesso para o Brasil desde as Diretas Já. Primeiro de tudo, um político que está num debate e fica se esquivando o tempo todo, tratando os brasileiros como imbecis. A Dilma ficou muito nervosa no debate. Mas prefiro uma pessoa que fica emocionada do que uma pessoa que não existe. Eu também votaria na Dilma por ela ser uma mulher.

Terra: Você sente medo de sofrer alguma represália?
Sheila: Não. Estou recebendo mais ou menos cinco mil mensagens de apoio para 50 de retaliação. Estranhamente meus amigos me falam: 'ah não liga'. Mas pra mim as 5 mil e as 50 contam... todas que estão se espelhando no que eu fiz. Tanto essas como as que estão me julgando, são sintomas, todas eu escuto.

Terra: Mas você sente medo?
Sheila: Eu tenho medo? Não. Eu sou dona de um fato e de um relato. Só. Não sou eu que tenho que ter medo, vou te responder com uma pergunta: Eu estou na ditadura militar ou a ditadura militar já acabou no Brasil?


Terra: A Monica, durante o relato, você se lembra se ela contou detalhes?
Sheila: Que eu me lembre não. Era uma coisa assim... esquece que a Monica Serra é a Monica Serra. Estava numa aula com uma professora que você gosta, que todo mundo gosta, tinham umas oito ou dez alunas. Não é o clima de ficar contando detalhes, não tem nada a ver, ela estava triste.

Terra: Ela estava triste quando contou?
Sheila: Muito triste.

Terra: Era um trauma?
Sheila: Sim, muito. Mas não lembro muito bem. Isso aconteceu há quase 20 anos. Não lembro de detalhes.
Eu queria deixar claro que respeito a privacidade das pessoas, mas quando uma pessoa é uma pessoa pública ela tem outro tipo de responsabilidade ética. A opinião dela importa. Se um candidato já fez ou não fez aborto, ou se tem alguma coisa da vida pessoal dele que entre em jogo, não me importa. O que me importa é o discurso contraditório.
Uma coisa que eu fiquei feliz com esse bafafá todo é que abriu uma discussão sobre o aborto. Os brasileiros têm uma imagem de si, a priori eles se assustam e com o susto nem conversam. Pra relembrar que até uma pessoa militante como é o caso da Monica Serra e da Benedita da Silva, mesmo essas mulheres já passaram por um aborto. Esse assunto tem que ser separado da religião. No caso da Monica Serra, ela é contra, ela estava na ditadura, pela sua própria lógica deveria ser presa, porque ela diz que é crime. Uma mulher que faz aborto não merece sofrer o aborto e ir presa.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Vida = Saúde

Nada na nossa vida acontece por acaso! Certo? Certo! Pelo ao menos no meu ponto de vista. E se você acredita nisso, não é mera coincidência que está lendo esse artigo agora.
Não tenha impaciência, vou discorrendo dos fatos minuciosamente, pois essa questão exige reflexão. Há aqueles dias em que você acorda cedo e resolve fazer uma caminhada. No meu caso, só comecei por obrigação. Na maioria dos casos ocorre da mesma forma. O dia passou com disposição. Efeito da caminhada? Não só ela! Mas é inútil discordar de que a atividade física exerce grandes benefícios ao nosso corpo e mente. É uma questão simples: corpo saudável mente saudável. Daí a importância de se exercitar! Principalmente para quem é diabético, como no meu caso. Mas estou me conscientizando dessa necessidade apenas agora, com quase 20 anos nas costas.
Hoje indo para a faculdade encontrei “Glórinha”, senhora de 84, ou melhor, uma moça de 84 anos, com disposição, animada, extrovertida e fascinantemente desempenhada. Exemplo para minha vergonha, ela também diabética pratica, natação, esportes, canta no coral da cidade e ainda cuida de cinco indivíduos que moram com ela. Glorinha é doce, gentil e exemplo de vida. Havia encontrado-a no mesmo local há uns meses atrás, começamos a nos falar e hoje, sentada ao meu lado não a reconheci de imediato, mas não pude deixar de perceber seu modo de falar e perguntei: A senhora, não é a Dona Glorinha que faz natação... canta e – Ela me cortou respondendo - Sim sou eu mesma! E passamos a bater um bom papo se não fosse o ônibus que passou logo.
Há algum tempo venho estudando a respeito de doenças e quer saber de uma coisa? Ela está na nossa cabeça. Se não tivermos mente completamente sadia, nosso corpo jamais o será! Isso é fato, não preciso de nenhum medico e especialista ou psicólogo para me dizer, aprendi com o tempo, que o estresse, o desânimo, o cansaço é falta de noites mal dormidas e pensamentos acelerado! Você é assim? Não se preocupe ainda temos chance de reverter. O capitalismo, a falta de afeto e mais um conglomerados de coisas fazem com que as pessoas não tenham mais qualidade de vida. Dorme pensando no que tem que fazer amanhã. E essas pessoas estão condenadas a ter qualquer tipo de doença na velhice ou morrer de infarto antes que chegue a idade. Quantos não acontecem hoje em dia, atingindo cada vez mais a população jovem? Digo por mim, que vejo que sou muito mais estressada do que aquela senhora bem disposta. Ela aprendeu o sentido da vida. E nós, vamos nos matando cada vez mais para dar conta dessa montanha-russa?